Protesto de moradores do Jardim Pantanal termina com promessa de reunião na 6ª e conflito com PM
Início da manifestação foi marcado por confronto entre PM e moradores.
Policiais militares jogaram gás de pimenta em parlamentares, moradores e jornalistas .
A PM reprimiu moradores das áreas alagadas da zona leste de SP.
O deputado federal Carlos Zarattini (camisa branca e óculos) e o vereador Zelão foram alvo de gás pimenta,Uma comissão de moradores do Jardim Pantanal esteve reunida nesta segunda-feira(8)com o secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo, Antonio Carlos Rizeque Malufe.
Há exatos dois meses a região tem boa parte das ruas alagadas.
De acordo com um dos líderes dos moradores do Jardim Pantanal, Ronaldo Delfino de Souza, a reunião foi improdutiva.
De acordo com um dos líderes dos moradores do Jardim Pantanal, Ronaldo Delfino de Souza, a reunião foi improdutiva.
"O secretário não tinha ideia do que está acontecendo nas áreas alagadas.
Ele imaginava que todos os problemas estivessem resolvidos, como assistência médica e habitação", disse.
Os moradores saíram da sede da prefeitura com o compromisso de uma nova reunião para esta sexta-feira (12),à tarde.
Antes, o senador Eduardo Suplicy (PT) adiantou aos moradores que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) comprometeu-se a realizar duas audiências:Uma geral sobre as enchentes e outra específica com moradores do Jardim Helena,distrito mais atingido na zona leste da capital paulista.
Os moradores saíram da sede da prefeitura com o compromisso de uma nova reunião para esta sexta-feira (12),à tarde.
Antes, o senador Eduardo Suplicy (PT) adiantou aos moradores que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) comprometeu-se a realizar duas audiências:Uma geral sobre as enchentes e outra específica com moradores do Jardim Helena,distrito mais atingido na zona leste da capital paulista.
O senador participou de inauguração de biblioteca no Carandiru com o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB),quando solicitou as audiências ao prefeito.
Suplicy foi o último político a chegar ao local e subiu para a reunião com um pote com água suja trazida pelos moradores.
Suplicy foi o último político a chegar ao local e subiu para a reunião com um pote com água suja trazida pelos moradores.
Vários parlamentares já estavam no local.
Cerca de 500 pessoas participaram de um protesto em frente à sede da administração municipal.
Cerca de 500 pessoas participaram de um protesto em frente à sede da administração municipal.
Dentre as reivindicações, os moradores pediram o desassoreamento do rio Tietê, a abertura imediata das barragens e uma negociação sobre os problemas de habitação,já que parte dos moradores recusa o bolsa-alugel proposto pela prefeitura.
O Vereador Zelão mostrou o braço machucado por cassetetes,quando tentava entrar na prefeitura para reunião sobre áreas alagadas Moradores e parlamentares criticaram a ação de policiais militares que acompanhavam a manifestação.
O Vereador Zelão mostrou o braço machucado por cassetetes,quando tentava entrar na prefeitura para reunião sobre áreas alagadas Moradores e parlamentares criticaram a ação de policiais militares que acompanhavam a manifestação.
"Se não me defendo com o braço, teria recebido várias cacetadas na cabeça", lamentou o vereador Zelão (PT).
O deputado Federal Carlos Zarattini(PT)foi atingido com gás de pimenta durante confronto entre a Polícia Militar e manifestantes
O deputado federal Ivan Valente(PSOL)prometeu denunciar a "postura agressiva da PM".
De acordo com o Tenente-Coronel Orlando Taveiros, comandante da área central da capital paulista, um pequeno grupo de manifestantes se exaltou e a Polícia Militar reagiu com "meios não letais para dissuadir o pico de desordem".
2 meses de alagamento
"O retrato é de agonia e vergonha,as pessoas estão sendo vítimas de um planejamento urbano criminoso", disse Valente que também participou da reunião.
O deputado federal Ivan Valente(PSOL)prometeu denunciar a "postura agressiva da PM".
De acordo com o Tenente-Coronel Orlando Taveiros, comandante da área central da capital paulista, um pequeno grupo de manifestantes se exaltou e a Polícia Militar reagiu com "meios não letais para dissuadir o pico de desordem".
2 meses de alagamento
"O retrato é de agonia e vergonha,as pessoas estão sendo vítimas de um planejamento urbano criminoso", disse Valente que também participou da reunião.
Ele acredita que a situação dos bairros atingidos ainda deve piorar:"Depois de perder as casas, há ainda a leptospirose, que pode contaminar muita gente".
Para mostrar os problemas ocasionados com os alagamentos, algumas pessoas levaram potes de água suja e até cobras retiradas de suas casas.
Para mostrar os problemas ocasionados com os alagamentos, algumas pessoas levaram potes de água suja e até cobras retiradas de suas casas.
De acordo com uma agente de saúde do local,há residências com ninhos de cobra.
"Quando a chuva chega, as cobras chegam junto.
Quando o sol esquenta, as cobras saem e oferecem risco aos moradores.
"De acordo com ela, o esgoto sai pelo vasos sanitários, torneiras e pias.
"Meu marido está doente e fica na casa dos amigos.
"Meu marido está doente e fica na casa dos amigos.
Só estou na minha casa alagada pois está havendo roubos",disse a moradora do Jardim São Martinho, Socorro Alexandre Reviario.
Há 10 anos no local,ela disse que não quer deixar sua casa.
"Espero que o prefeito tenha bom senso e faça doação de casas para as famílias."
Eunice Rosa da Silva, moradora da Chácara Três Meninas,também estava em frente à prefeitura.
Eunice Rosa da Silva, moradora da Chácara Três Meninas,também estava em frente à prefeitura.
Diz que enfrentou um alagamento com a água chegando perto de 1,60m. "Meus filhos estão correndo risco, por isso não tenho ido trabalhar.
Tenho medo que as águas subam e haja enchentes.
Na minha casa chegou até o pescoço", afirma.
O vereador Francisco Chagas(PT)defendeu a desapropriação de prédios no centro de São Paulo para transferência dos moradores atingidos por enchentes.
O vereador Francisco Chagas(PT)defendeu a desapropriação de prédios no centro de São Paulo para transferência dos moradores atingidos por enchentes.
"Essa população precisa ser prontamente atendida.
Há prédios desocupados no centro.
A Prefeitura pode recorrer à desapropriações", exemplifica.
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