sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sapopemba : Governo Kaossab abandona moradores de área de risco a própria sorte !!!!!!!!!

No começo de dezembro, um homem morreu num deslizamento de terra e mais de 100 casas foram interditadas no Jardim Elba, região de Sapopemba.
Nesta sexta-feira, 40 dias depois, a maioria das famílias está na mesma região.


Algumas, morando na casa interditada.
Encosta íngreme, solo encharcado e uma chuva que não para. Combinação que atormenta os moradores do Jardim Elba, na zona leste.
Josileide morava em uma casa de alvenaria interditada pela prefeitura.
Sem ter para onde ir, ela construiu um barraco poucos metros abaixo. “O meu era encostado no barranco. Já tem um barraco atrás.
Acho que aqui vai cair primeiro o de trás e vai dar tempo de eu tirar minhas crianças”, diz ela.
No dia 08 de dezembro, um homem morreu depois que o morro veio abaixo, no meio da madrugada.
Não sobrou nada do barraco onde o catador de papelão Francisco Oliveira Lima vivia.
As casas em volta foram interditadas e as famílias que moravam nelas foram levadas para uma escola, arranjada pela prefeitura.
Era um prédio abandonado, sujo, com as salas alagadas e sem água nas torneiras.
Os moradores só receberam colchões e comida quase 24 horas depois do deslizamento.
Naquele dia, Aline foi para a casa de parentes, mas tinha planos de voltar para o morro que desabou.
“Eu não vou pra debaixo da ponte, assim como todos que estão aqui também não vai.
Então a necessidade obriga a gente a morar onde a gente estava.", dizia ela. Aline não voltou pra casa.
Ela recebeu uma ajuda de custo de 5 mil reais da prefeitura, mas como não conseguiu comprar nada, hoje mora na casa de amigos.
“Com cinco mil, é parar de chover e a gente vem construir no mesmo lugar”, diz ela.
Muitos moradores recusaram essa ajuda de custo.
Sem uma casa nova, alguns preferem continuar correndo riscos.
“Meu medo é meus filhos.
Se eu perder meus filhos vou perder minha vida”, diz uma moradora.
O risco é iminente.
Na semana passada, um barraco foi engolido pela terra.
“A última conversa que tivemos com a prefeitura ela disse que não teria nenhuma condição de arrumar moradia para este pessoal porque eles não têm projeto para construção de novas casas na área de risco”, diz Laurindo Gonçalves, líder comunitário.
Uma escola que servia de abrigo foi desativada.
“A prefeitura jogou nós para fora.
Quando eu fui receber os cinco mil eu cheguei e minhas coisas estavam pra fora.
Vou pra onde agora com meus filhos”, conta Sidênia Marcelino, catadora
Fonte : Portal G1

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