sábado, 16 de janeiro de 2010

PSDB diz que se ganhar as eleições acabará com o PAC !!!

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, declarou-se ontem estarrecida com a ameaça do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, de acabar com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), caso o partido dele vença as eleições.
Em entrevista à Radio Mirante, do Maranhão, a ministra-chefe da Casa Civil foi dura com os adversários do Governo Lula:
“É estarrecedor que alguém se proponha a este tipo de atitude por razões eleitorais, ainda mais sendo presidente de um partido”.
Sérgio Guerra disse que o PSDB pode acabar com o PAC, que considera um fracasso, na entrevista publicada nas Páginas Amarelas da revista Veja da semana passada.
O tucano prometeu também que, se o PSDB vencer a eleição presidencial, a economia sofrerá fortes mudanças.
“Sem dúvida nenhuma, iremos mexer na taxa de juros, no câmbio e nas metas de inflação.
Essas variáveis continuarão a reger nossa economia, mas terão pesos diferentes”, disse o presidente tucano.
Para Dilma, o que Sérgio Guerra está anunciando é uma aventura perigosa em relação aos juros, ao câmbio e às metas de inflação.
“É grave, é uma política absolutamente aventureira.
Hoje a inflação está sob controle, não afeta o bolso do trabalhador e tampouco o do empresário.
Acabamos com aquela história de ir com o pires na mão ao FMI, como eles iam.
Temos mais de 230 bilhões de dólares de reservas.
Nossa política econômica foi bem sucedida, e é um aventureirismo falar uma coisa dessas”, reagiu a ministra.
Dilma ficou irritada com a ameaça de obstrução do Plano de Aceleração do Crescimento por um eventual governo tucano.
Ela entende que seria um grande retrocesso.
“Foi durante o governo do PSDB que se investiu muito pouco em infraestrutura neste país.
Ficamos 25 anos sem construir sequer uma refinaria no Brasil.
No Governo Lula, nós mudamos a maneira de gastar, tornando investimento em infraestrutura uma prioridade”.
As ameaças do presidente nacional do PSDB, segundo Dilma, são uma repetição.
“Acabar com o PAC é tão grave como foi, no primeiro mandato do Lula, a conversa deles sobre acabar com o Bolsa Família.
A cada eleição eles resolvem acabar com alguma coisa.
Mas a força do Bolsa Família é tão grande, e a reação da população será tão grande, que eles nunca vão conseguir acabar com o programa, e nem com o PAC, mesmo porque nós esperamos que eles não ganhem a eleição para fazer uma coisa dessas”.
A ministra sustentou que o PAC serviu de âncora para evitar o desemprego durante os efeitos da crise internacional sobre o Brasil.
Serviu, junto com o programa Minha Casa, Minha Vida, para preservar a atividade econômica.
“O Brasil virou aquilo que o presidente Lula prometeu, um canteiro de obras.
É estarrecedor que se fale em acabar com o PAC por questões eleitorais”, repetiu.
Sérgio Guerra ainda não se viu livre de uma polêmica e já está envolvido em outra.
Segundo nota da nova edição da mesma revista em que prometeu que um governo tucano mexerá profundamente nas bases da economia, o presidente do PSDB declarou apoio irrestrito à reeleição de sua companheira Yeda Crusius ao governo do Rio Grande do Sul, o que pode tornar difícil a manutenção da aliança entre o PSDB e o PMDB no estado.
Os tucanos gaúchos preferiam que Yeda desistisse de concorrer e fosse para uma das duas casas que comprou depois de eleita.

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