Metrô ou Monotrilho
Qual é a solução?
Seminário de Transporte Público em São Paulo Dia 22 de março
(segunda-feira), às 13h.
Câmara Municipal de São Paulo - Auditório Prestes Maia (1º andar) - Viaduto Jacareí, 100.
Com o aumento da frota de veículos em circulação pelas ruas e a carência histórica de investimentos num sistema de transporte público de massa eficiente e de qualidade, a cidade de São Paulo registra todos os dias recordes de congestionamento.
Diante desta situação cada vez mais crítica, quase até caótica, as lideranças do PT e do PCdoB na Câmara Municipal de São Paulo estarão realizando na próxima segunda-feira, dia 22, seminário sobre Transporte Público na cidade.
O eixo central das discussões é a polêmica envolvendo o sistema de metrô e o do monotrilho como melhor alternativa para solucionar o transporte público na cidade.Esse debate interessa em particular aos moradores dos bairros de Vila Prudente, São Lucas, Sapopemba, São Mateus e Cidade Tiradentes, pois o governo do Estado e a Prefeitura estão optando pelo monotrilho em seus planos de expansão nessa populosa região.
De acordo com especialistas o monotrilho é um sistema de média capacidade que transporta 18 mil passageiros hora/sentido, enquanto o metrô convencional atende a uma demanda de 50 mil passageiros hora/sentido.
Outra preocupação que estará em debate envolve o impacto do monotrilho por via elevada, que pode supostamente resultar em degradação urbana, enquanto o metrô convencional traz desenvolvimento econômico e social.
PROGRAMAÇÃO
Na primeira parte do seminário, às 13h, coordenada pelo vereador João Antônio, será debatido o sistema de transporte público na cidade de São Paulo.
A mesa estará composta pelo superintendente da ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos) Marcos Bicalho, pelo deputado estadual José Zico Prado (Comissão de Transportes da Assembléia), pelo deputado federal Carlos Zarattini (ex-secretário Municipal de Transportes) e por representantes da Comissão de Transportes da Câmara e do Sindicato dos Condutores de São Paulo.
Na parte complementar, às 15h, sob coordenação do vereador Jamil Murad serão abordados os sistemas metro x monotrilho.
A mesa será integrada pelo secretário geral da União Internacional de Sindicatos de Trabalhadores em Transportes Wagner Fajardo, pelo deputado Estadual Adriano Diogo, pelo vereador Eliseu Gabriel, por Marcos Kiyoto (Mestrando em Planejamento de Transportes sobre Trilhos da FAU/USP), além de representantes das Secretarias de Transportes Metropolitanos e do Município.
Um comentário:
A capacidade do Monotrilho previsto para a linha 15-Prata, para carruagens com largura de 3,15 m (Standard), e comprimento da composição total de ~86 m e com 7 vagões, é de ~1000 pessoas, concorrendo com o BRT e o VLT, contra para a mesma largura, porém com comprimento de ~132 m e com 6 vagões é de ~2000 pessoas para o Metrô, e com comprimento de ~170 m e com 8 vagões é de ~2550 pessoas para os Trens Suburbanos, significando com isto que a capacidade do metrô e dos trens suburbanos são no mínimo o dobro do monotrilho, trafegando na mesma frequência.
A taxa de ocupação máxima recomendada mundialmente é de 6 pessoas por m².
Comparativos: A capacidade é expressa em número de passageiros por hora por sentido (p/h/s), assim BRT, VLT, Monotrilho – 4000 a 25000 p/h/s, vagões, é de ~1000 pessoas, são considerados de “Média demanda”, enquanto Metrô, Trens suburbanos – 20000 a 60000 p/h/s sendo considerados de “Alta demanda”.
Estão previstas plataformas centrais para saídas de emergência em todo seu trajeto, obrigatórias para esta função, constam na especificação técnica que iram existir, além das escadas retráteis!!! (de uso duvidoso).
A largura padronizada dos carros para os três são de 3,15 m. Não confundir com os trens suburbanos espanhóis da CPTM-SP e alguns da SUPERVIA-RJ de 2,9 m que possuem uma plataforma (gambiarra) em frente ás portas para compensar o vão.
O monotrilho da linha 15-Prata, com ~26,5 km, Ipiranga, Cidade Tiradentes irá trafegar em uma região de alta demanda reprimida na zona Leste, com a intenção de migração de parte da linha 3-Vermelha (a mais saturada do sistema) maior do que as linhas 4-Amarela, 5-Lilás e a futura 6-Laranja, e já nasce subdimensionado, além de ser uma tremenda incógnita, quando ocorrer uma avaria irá bloquear todo sistema, pois ao contrário que ocorre com os trens suburbanos, metrô e VLT em que o chaveamento em “Y” é simples, facilitando a interpenetração e integração em linhas diversas, nos monotrilhos a mudança das carruagens para a via oposta se da de maneira complexa, com grandes distâncias entre si entre as estações, além de trafegarem em média a 12 m do piso.
A melhor opção seria o prolongamento da linha 2 Verde, com bifurcação em “Y” na estação Vila Prudente, com a previsão da futura linha para Vila Formosa, e até São Mateus e a partir daí seguir em VLT ou Monotrilho, até a cidade Tiradentes, (Após as obras começadas, a estação terminal será na estação Ipiranga da CPTM), Vila Prudente basicamente será uma estação de transbordo.
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