O número de casos de dengue no Estado de São Paulo aumentou quase 2.000%, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira, 11.
Foram registradas 201.312 mil ocorrências até o mês passado, sendo que em todo o ano de 2009 foram 9.710.
Nunca o Estado teve tantos infectados: o maior índice foi em 2007 com 92.345.
O crescimento se deu em todo o País, cujas ocorrências passaram de 489.819 para 936.260, o que significa 91,14% de aumento.
O coordenador do programa nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, afirmou que cerca de 70% dos casos notificados concentram-se nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre.
Para o Ministério, a volta da circulação do tipo 1 da doença contribuiu para o crescimento da dengue.
Segundo o governo, em quase todos os Estados, grande parte da população não tem imunidade a esse sorotipo.
A dengue tipo 1 predominou no País no fim da década de 1990.
Com relação a São Paulo, a explicação do Ministério é a de que até o ano passado só entravam na estatística as ocorrências confirmadas em laboratório.
Ainda segundo o governo, nesse ano, especialmente na Baixada Santista houve um grande número de casos, mas sem comprovação laboratorial.
Em Santos, em 2009, a cidade teve 127 casos confirmados, entre 448 notificações.
Até outubro de 2010 a cidade teve 8.035 casos confirmados da doença, com 23 óbitos e 15.643 notificações.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que “o número de casos de dengue no Estado de São Paulo está diretamente ligado à alta incidência de chuvas em 2010, especialmente nos três primeiros meses do ano, aliado às temperaturas elevadas, além da circulação de três diferentes sorotipos (1,2 e 3) no Estado”.
Outro argumento da pasta é de que São Paulo tem a maior população entre todos os estados brasileiros.
Dados da secretaria apontam que 80% do total de casos registrados no primeiro semestre deste ano referem-se a 50 dos 645 municípios paulistas.
A Capital também registrou aumento recorde.
No ano passado, foram 552 infectados.
Neste ano, até junho, o número já chega a 5.644 sendo que o pico foi em abril, com 2.129 ocorrências.
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