terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Sapopemba" Deslizamento de terra atinge Carro, Barraco e interdita Rua no Parque Santa Madalena .



Fonte Rafael Gonçalo Jornal Folha de Vila Prudente Fotos Ale Vianna
Durante a chuva da noite do último domingo, dia 5, moradores da Rua 2, nas proximidades da avenida Custódio de Sá e Faria, no Parque Santa Madalena, foram pegos de surpresa com o deslizamento de parte da encosta do local.
O problema é que além da terra, a área continha grande acumulo de lixo, o que acabou acarretando na destruição de um barraco, de um veículo e na interdição completa da via. Ninguém ficou ferido.
Por volta das 20h, a vizinhança percebeu que o morro estava começando a deslizar, vindo abaixo completamente por volta das 23h30.
A moradia localizada em frente à encosta ficou totalmente soterrada, mas, por sorte, nenhum morador estava no imóvel no momento.
Um gol que estava estacionado no quintal da casa do outro lado da rua também foi atingido e acabou virando.
A Defesa Civil da Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba chegou à via somente por volta das 10h30 da segunda-feira.
Os agentes informaram que o local é considerado de risco e que muitas moradias já haviam sido interditadas em dezembro do ano passado, quando outro deslizamento acabou resultando na morte de um morador, fato noticiado pela Folha na ocasião.
Porém, eles ressaltaram que a maioria das famílias não deixou os barracos mesmo após o aviso.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, a encosta oferece risco eminente por conta do descarte irregular do lixo e pelos encanamentos improvisados, que despejam água na terra, fazendo com que ela se torne movediça.
Um caminhão da Subprefeitura foi acionado para remover o lixo e liberar a rua, já que cerca de 300 famílias ficaram sem ter com sair da via.
A Defesa Civil ainda interditou emergencialmente e ordenou a saída de moradores de seis moradias do alto da encosta, na viela das Palmas, devido ao risco de novo deslizamento. Porém, algumas pessoas ressaltaram que não tinham como sair de casa.
“Eu só ouvi o barulho e corri para rua".
Sentei em um banco e esperei parar de cair a terra.
O impacto foi tão grande que a parede da minha casa rachou.
Agora falaram que eu tenho que sair daqui, mas não sei o que fazer.
“Não tenho para onde ir”, explicou Expedito José Sabino da Silva, um dos residentes dos imóveis da viela que foram interditados.
Segundo Laurindo Gonçalves, coordenador do movimento de moradia do Sapopemba, três pessoas morreram em menos de um ano por conta de deslizamentos no local, mas a Subprefeitura não toma as medidas necessárias.
“Além do morador que ficou soterrado em dezembro do ano passado, outros dois morreram aqui no começo desse ano pelo mesmo problema.
A questão é que não adianta a Prefeitura vir aqui e interditar os barracos e ir embora.
Tem que dar uma solução para essas famílias e não simplesmente os R$ 5 de indenização.
Há quatro anos falam de um projeto para urbanizar essa área? Mas nunca saiu da conversa”, comenta.
A reportagem cobrou a Subprefeitura sobre quantos barracos serão interditados após a avaliação final da Defesa Civil e está no aguardo da resposta.

Nenhum comentário: