Depois do Presidente da
Associação Estrela do Bairro “CAPOEIRA” ter uma Reunião na Secretaria de Saúde
para cobrar providencia sobre como andava a reforma do Hospital David
Capistrano Filho “Sapopembinha” o Jornal Folha de Vila Prudente essa semana fez
uma Materia na região e Cobrou uma resposta do Governo do Estado sobre como
ficara a situação do Hospital.
Reproduzo na Integra a Matéria
do Jornal Folha de Vila Prudente sobre o assunto e o colheu o depoimento de
alguns moradores da Região e do Presidente da Associação Estrela do Bairro
“CAPOEIRA” a que passos anda a luta do Hospital.
Fechado no dia 21 de janeiro
deste ano, com a justificativa de que passaria por reforma estrutural e no
segundo semestre voltaria a atender a população, o Hospital Local Sapopemba,
conhecido como Sapopembinha, que fica na rua Iamacaru, segue desativado e sem
indícios de início de obras.
Enquanto isso, as pessoas que eram atendidas na
unidade tentam “se virar” para seguirem com seus tratamentos e atendimentos em
outras unidades, algumas em localidades bem distantes.
Inaugurado em dezembro de 2005
pelo Governo do Estado, na gestão de Geraldo Alckmin, o hospital, que atendia
cerca de 450 pacientes por mês, foi concebido com a proposta de servir como
novo modelo de atendimento hospitalar, pois foi um projeto de custo menor,
embora bem equipado e capaz de realizar pequenas cirurgias.
O Sapopembinha era
um hospital de pequeno porte, com 35 leitos e sem pronto-socorro, que recebia
pacientes encaminhados pela central de regulação de vagas, a maioria das
Unidades Básicas de Saúde (UBS) da região.
A unidade atendia as especialidades
de cardiologia, ortopedia, dermatologia, alergologia, endocrinologia,
neurologia, e contava com uma clínica de terapia da dor e um ambulatório
pediátrico.
No local eram realizados ainda Ultrassonografias e Raios-X
Uma das pessoas prejudicadas
pelo fechamento do hospital é a dona de casa Marilene Santos, 41 anos, que
reside nas proximidades da unidade.
“Tenho bronquite crônica e fazia tratamento
no hospital. Preciso tomar regularmente uma injeção senão fico sem respirar.
Antes era bem mais fácil e prático, pois moro bem perto do Sapopembinha.
Agora
preciso ir ao hospital Ipiranga, que é bem mais longe e tenho que pegar duas
conduções para ir e duas para voltar”, declarou Marilene.
Quem também utilizava os
serviços da unidade era o neto do metalúrgico Manoel José de Lima, 59 anos.
“Ele tinha muita dor de cabeça e após ser acompanhado por profissionais do
hospital, foi detectado um tumor na cabeça dele. Foi feita uma cirurgia e hoje
ele está bem, mas o tratamento passou a ser realizado no hospital das Clínicas,
que é muito longe e difícil de chegar”, contou Lima.
A reportagem da Folha conversou também com o presidente da
Associação Estrela do Bairro, José Amaro da Silva Capoeira, que atua na região
onde o hospital está instalado.
Segundo ele, o fechamento da unidade hospitalar
deixou a região ainda mais carente no setor da saúde.
“Esse equipamento ajudava
bastante a comunidade.
Agora, fechado, está prestes a se tornar um problema se
nada for realizado.
Já houve tentativas de invasões, ameaça de ocupações e
pessoas para usar drogas frequentam o local à noite”, declarou Capoeira.
Embora pertença ao Estado, na
tentativa de dar uma destinação ao prédio do hospital, na semana passada
Capoeira se reuniu com a chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde,
Cida Perez e entregou um abaixo assinado com cerca de 5 mil adesões pedindo a
reabertura da unidade.
No encontro foi sugerida a transmissão do prédio à
Prefeitura, que poderia utilizar o equipamento para implantar uma rede Hora
Certa, programa anunciado pelo prefeito Fernando Haddad que reúne em um
equipamento de saúde clínica de especialidades, centro cirúrgico e de exames
por imagem.
Foi proposto ainda a possibilidade do local receber uma Unidade de
Pronto Atendimento (UPA), programa do Ministério da Saúde com estruturas de
complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de
urgência e emergências de hospitais.
Segundo Capoeira, a chefe de gabinete
ficou de discutir o que foi apresentado com o secretário de Saúde José de
Filippi Júnior e, em breve, dar um posicionamento.
Estado se pronuncia
Apesar de ser evidente que as
obras no local ainda não foram iniciadas, a Secretaria de Estado da Saúde esclareceu
na manhã de ontem que está realizando uma ampla reforma estrutural no prédio do
hospital.
Foi informado que as obras são necessárias para melhorar as condições
de atendimento à população usuária do Sistema único de Saúde (SUS) e que o
investimento é de R$ 4 milhões.
O órgão ressaltou que, de maneira nenhuma,
haverá o encerramento das atividades do hospital, uma vez que o fechamento é
temporário.
A Secretaria informou ainda que
ocorrerá troca de telhados e pisos, readequação da rede de gases e substituição
de portas e batentes, pintura interna e externa, reforma dos setores de
nutrição e reabilitação e instalação de novos elevadores, além de adequações de
acessibilidade e implantação de sala de conforto para acompanhantes.
Também
está prevista a troca de todo mobiliário, incluindo camas de internação, além
de compra de novos equipamentos, principalmente de respiradores.
A previsão
estipulada pelo órgão é que a reforma esteja concluída no segundo semestre
deste ano e, após o término dos trabalhos, será realizada a convocação pública
para escolher a Organização Social de Saúde (OS) que irá gerenciar as
atividades da unidade, já que a atual gestora, a Fundação Faculdade de
Medicina, decidiu concentrar suas atividades em equipamentos de saúde da zona
Oeste.
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