As cinco centrais sindicais que organizaram a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora aprovaram, no início da tarde desta terça-feira (1º), no estádio do Pacaembu, as reivindicações que serão levadas aos pré-candidatos à Presidência da República.
São 249 propostas, divididas em 6 eixos
Mas além de olhar para o futuro, os 22 mil participantes da Conferência – segundo os organizadores – também defenderam o governo Lula e lembraram-se do passado. Nem tanto pelo 1º Conclat, em 1981, ainda sob ditadura, mas principalmente pela década de 1990, com o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002) e o modelo neoliberal implantado no período.
Eixos de propostas
• Crescimento com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno
• Valorização do trabalho decente com igualdade e inclusão social
• Estado como promotor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental
• Democracia com efetiva participação popular
• Soberania e integração internacional; e
• Direitos sindicais e negociação coletiva
Para o Presidente da CUT, Artur Henrique, a união das centrais é histórica.
"Agora os trabalhadores participam e são ouvidos pelo governo e por isso conquistamos itens como a valorização do salário mínimo e redução na tabela do imposto de renda.
O governo anterior e o de São Paulo têm visões preconceituosas do movimento sindical. Éramos recebidos com a polícia e a tropa de choque", critica.
"É tempo de democracia, em que os trabalhadores podem se reunir neste estádio para defender os mesmos pontos de vista e a mesma plataforma", disse o presidente nacional do PCdoB, Renato Rebelo.
No mesmo tom, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) ressaltou o bom momento dos trabalhadores, que agora podem influenciar nas decisões políticas.
Ela considera que é o momento de refletir sobre a continuidade do atual modelo ou a volta do modelo anterior.
"A história do PSDB em São Paulo e no Brasil nunca ajudou os setores populares.
Hoje estamos exatamente contra essas forças conservadoras, alinhadas com o capital", destacou.
O secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício, comparou a mudança de postura internacional em relação aos sindicatos brasileiros.
"Antes éramos chamados a outros países para falar sobre o neoliberalismo.
Agora, falamos das conquistas dos trabalhadores e da nossa participação na vida política.
" Para ele, no próximo governo será necessário caminhar para uma redução mais forte das desigualdades salariais.
"O atual governo foi positivo ao dar espaço aos movimento sociais", elogiou o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues.
"Não há como comparar os dois governos.
O anterior foi o da repressão, foi o que há de pior na politica neoliberal"
Além da CUT, Força Sindical e CTB, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) também organizaram o evento.
A única das centrais reconhecidas que fica de fora é a União Geral dos Trabalhadores (UGT), por ter dirigentes ligados ao DEM e ao PPS – aliados da pré-candidatura de José Serra (PSDB) – em seus quadros e não ter posição unitária para a eleição presidencial.
O documento a ser apresentado aos pré-candidatos tem, em linhas gerais, as mesmas bases defendidas nos discursos feitos no Pacaembu: de que houve conquistas, mas é preciso seguir avançando.
Embora as centrais tenham definido apoio à pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, todos os concorrentes das eleições presidenciais de outubro receberão as propostas.
"Esse documento não é partidário, mas uma reivindicação dos trabalhadores.
Qualquer um que saia vencedor vai ter que avaliar", afirmou Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.
2 comentários:
rato: maravilha esta é aturma do dz sapopemba sempre marcando presenca.... parabens pela reportagem é um belo trabalho para a comunicacao.... que pena que o capoeira tava no posto de saude ahahahah
Eu tambem estive lá, passei muito frio.
Mais foi muito bom !!!!!
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