quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Monotrilho quer acabar com Clube Esportivo da Penha !

fonte : Jornal da Tarde Naiana Oscar, naiana.oscar@grupoestado.com.br
Moradores da Penha se une para mudar monotrilho
Comunidade quer evitar que traçado destrua parte do Clube Esportivo da Penha, de 80 anos
Prestes a completar 80 anos e considerado patrimônio de um dos bairros mais tradicionais da cidade, o Clube Esportivo da Penha, na zona leste, pode ser sacrificado para dar lugar ao corredor Celso Garcia, que vai ligar o Parque Dom Pedro ao Itaim Paulista.

O traçado previsto pela Prefeitura passa por cima da academia de ginástica, do salão social, da biblioteca, do centro médico, do ginásio, da piscina e de parte das árvores que dão ao lugar o apelido de pulmão verde da Penha.
“Esse é o nosso pedaço de céu”, diz o presidente do clube, Dário Cardoso um penhense de 65 anos.
O barulho feito por moradores e pela diretoria do clube contra o projeto do corredor fez a Secretaria Municipal de Transportes atrasar o processo de licitação para estudar uma alternativa.
Mas a pasta ainda não confirmou se vai mesmo alterar o trajeto. “Não é possível que a única área verde do bairro seja destruída por causa do corredor”, diz Cardoso.
O clube, hoje com 15 mil sócios, tem uma área de 150 mil metros quadrados, dos quais 80 mil são de vegetação.
Embora seja um local privado, mesmo quem não é sócio defende a preservação do clube, tamanha é sua importância ambiental e histórica para o bairro.
“É a única vegetação original da Bacia do Tietê que sobrou na cidade depois da retificação do rio”, afirma o historiador Francisco Folco, do Memorial da Penha.
O clube surgiu na década de 30 às margens do rio, onde os frequentadores nadavam, pescavam e praticavam remo.
Folco conta que a primeira piscina da cidade foi construída ali no Clube Esportivo da Penha, com o represamento da água a do Tietê.
Medo de prejuízo.
O corredor Celso Garcia estava sendo projetado para ser uma faixa exclusiva de ônibus, mas a Prefeitura já admite a possibilidade de construir em alguns trechos viadutos com transporte sobre trilhos. Os moradores temem que a obra afete também o comércio da região. “Por onde passar vai azarar tudo”, afirma Eugênio Cantero Sanchez, superintendente distrital da Associação Comercial.
Com o monotrilho, parte dos clientes que hoje frequentam os mais de 300 estabelecimentos comerciais do centro deixarão de passar pelas ruas mais movimentadas do bairro.
Outra crítica feita ao projeto é à falta de participação dos moradores na definição do traçado.
“Na primeira reunião que fizeram com a gente já chegaram com o percurso do corredor pronto”, conta o engenheiro civil Reinando Martinez Ruiz, presidente da Associação Leste de Engenheiros e Arquitetos de São Paulo.
Segundo ele, o corredor estava previsto num plano de operação urbana para a região que nunca saiu do papel”.
A subprefeitura da Penha não quis se manifestar sobre o corredor por desconhecer os detalhes do projeto feito pela SPtrans.
A Secretaria Municipal de Transportes afirmou apenas que está estudando um novo traçado para o corredor no bairro.
COMENTÁRIO BLOG COBRA NOTÍCIAS : A politica do governo Serra/Kassab é sempre assim não envolve o povo em nada pois tem medo do povo fazer as cobranças necessárias para que o projeto seja feito da melhor forma possível .
E não é de se estranhar que a subprefeitura não conheça o projeto afinal de contas para que conhecer o projeto né ?
A subprefeitura não conhecendo o projeto quando as burradas acontecerem ficará mais fácil se isentar !!!
Pois é governo Serra/Kassab uma burrada atrás da outra !!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

O que são 15 mil sócios contra os 1.500.000 moradores que serão beneficiados pelo corredor?
Acho que o sacrifício de parte do terreno é um preço pequeno a pagar pelo benefício que o corredor trará, além do que, o terreno que este clube ocupa é irregular, fruto de grilagem e invasões. Ou seja, pertence à cidade e aos cidadãos.
Não região há o Corinthians, muito bem aparelhado e para o qual os sócios insatisfeitos poderiam migrar.