sexta-feira, 20 de novembro de 2009

ADALBERTOLÂNDIA UM EXEMPLO A SER SEGUIDO

Em junho de 1969, o publicitário Adalberto Bueno transformou o terreno na frente de sua casa, em Perdizes, num parquinho de diversões para as crianças do bairro.
Marceneiro e eletricista nas horas vagas, ele construiu os balanços, as gangorras e os bancos coloridos que enfeitam o local.
A atração fez sucesso e resistiu ao tempo.
Hoje, os primeiros freqüentadores levam os filhos e até os netos para brincar na "Adalbertolândia – a única lândia que é de graça".
De onde veio esse nome?
Eu queria que se chamasse "criançolândia".
Mas um dia, enquanto fazia os brinquedos, uns garotos pegaram uma tábua e escreveram Adalbertolândia.
Achei legal e resolvi manter.
Tem idéia de quantas crianças já brincaram na Adalbertolândia?
Em um caderninho há o registro: até 1973, foram 503.
Depois disso, perdi a conta.
Mas creio que pelo menos 5 000.
Aconteceu algum problema com roubo ou invasão no parquinho?
Não, pelo contrário.
Há seis anos, fui pegar uma sacola esquecida no muro do parque e, antes de jogar fora, vi que tinha uma imagem de Nossa Senhora.
Fiz um altarzinho para ela.
Recentemente, deixaram outra imagem de Nossa Senhora e uma de Iemanjá.
Coloquei todas num altar.
Tenho de respeitar todas as religiões, né?
Adalbertolândia, é um parque construído nos anos 60 em um terreno privado, e que resiste sem cobrar nada dos visitantes, sob o olhar atento de seu criador.
Adalberto Bueno atraiu olhares curiosos quando saiu de casa com suas ferramentas, atravessou a rua e começou a martelar uns pedaços de madeira em um outro terreno da família.
Era final dos anos em 1960.

Em pouco tempo, surgiu uma gangorra e, com isso, ele já atingiu seu objetivo de evitar que as crianças do bairro do Sumaré,na zona oeste da capital paulista, brincassem na rua.
Mas não parou por aí.
O espaço ganhou um castelo, uma casa na árvore, um carrossel e
outros brinquedos.
Estava criada a Adalbertolândia, um parquinho artesanal que completou 40 anos e,mesmo na era da tecnologia,continua atraindo as crianças.
O publicitário aposentado e hoje professor de inglês Adalberto, de 82 anos, abre o parquinho todos os fins de semana e feriados.
Embora uma placa na entrada informe se tratar da "Única Lândia de Graça", ele conta que os pais sempre o abordam e perguntam se precisam pagar alguma coisa.
"Ninguém acredita que existe um parquinho em terreno particular e aberto para todo mundo.
Tem gente que chega para o seu Adalberto e pergunta ?qual é a pegadinha??",
Além de abrir para as crianças, ele próprio fica praticamente o tempo todo no parquinho
limpando, podando as plantas e fazendo melhorias na estrutura.
Quando não está lá, fica na garagem de sua casa, onde montou uma oficina para criar brinquedos e arrumar os demais.
"Minha mulher briga comigo, porque eu fico mais tempo no parquinho do que em casa", brinca.
Verita sua esposa,no entanto, foi também uma das que mais trabalharam no local.
Localizado em um ponto valorizado do Sumaré - na Rua Professor Paulino Longo -, o terreno de 300 metros quadrados onde está a Adalbertolândia atraiu o interesse de várias pessoas.
Adalberto já recebeu várias propostas para vender a área.
Mesmo sem lucrar com o terreno e só seguir pagando impostos, ele negou todas.
"Eu não vou falar os valores, mas houve propostas que quase me derrubaram para trás", brinca.
Em 40 anos, o parquinho passou por diversas mudanças.
Antes o local ficava sempre aberto,mas muitos mendigos começaram a dormir nos brinquedos e, por isso, Adalberto decidiu erguer muros ao redor e colocar um portão.
Muitos brinquedos também foram trocados por outros mais elaborados. Atualmente, há uma casa montada na arvore,carrossel,balanços,escorregadores, jogo de amarelinha.
Uma das atividades preferidas das crianças é a "trilha na floresta".
Como o terreno é desnivelado e tem 61 espécies de árvores e plantas, Adalberto colocou placas criando caminhos por entre as folhas.
"Era a melhor parte subir nas árvores e andar na floresta", diz Juliana Butenas, de 10 anos.
No sábado passado, ela pediu para os pais a levarem novamente à Adalbertolândia, onde costumava brincar quando mais nova.
O local também traz recordações para o pai,o engenheiro Marcelo Butenas, de 42, que também ia com os amigos ao parquinho.
"Eu morava em Perdizes e naquela época os bairros eram sossegados, então as crianças podiam sair sozinhas", diz.
Como era de se esperar, as gerações da família de Adalberto também se acostumaram a brincar no parquinho.
Primeiro, o criador do local levava seus filhos, Marcos e Viviane, desde que eles tinham 4 anos.
"Agora é meu netinho, Alexandre, que tem essa idade e eu perco horas com ele lá", diz.
Adalberto, no início, anotava o nome de todas as crianças que frequentavam o parquinho, mas desistiu porque não conseguiu acompanhar o ritmo de visitantes.
Ele estima que 5 mil crianças já estiveram ali.
Fonte blogs e relatos da net .
Comentário Blog Cobra Notícias : Parábens ao seu Adalberto pelo carinho que ele durante todos esses anos dedicou as crianças do bairro do sumaré e de tantas outras crianças que passaram por ali .
Falar desse senhor de 82 anos que até o dia de hoje vem trazendo alegria para as crianças é muito fácil,gostaria que o exemplo do seu Adalberto sirva de exemplo para várias pessoas que dispõem de tantos recursos e nada fazem para trazer um pouco de alegria para o seu próximo .
São pessoas como o seu Adalberto que fazem o nosso país ser o um dos melhores países do mundo para se viver .
O seu Adalberto é gente que faz .
Não se esqueçam de bater um papo legal com uma lixeira muito simpática que existe bem na entrada da Adalbertolândia .
O meu amigo José Amaro Capoeira não perdeu tempo e para não perder o costume falou com lixeirinha simpática um pouquinho de política.(risossss).

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