O Jornal Diário de São Paulo e a redação móvel da Operação Bairro a Bairro esteve nesta segunda feira dia 12/09/2011 no Bairro de Sapopemba, Zona Leste da capital.
A equipe de reportagem ficou na Rua General Porfírio da Paz, altura do número 1.200, por volta da 13h para ouvir reclamações e denuncias dos moradores sobre os problemas da região.
CAPOEIRA relatou para a equipe do Jornal a questão sobre o perigo das encostas da Rua Espinhel no Parque Santa Madalena e sobre a necessidade da criação e implantação da Subprefeitura de Sapopemba.
Para o presidente da Associação Estrela do Bairro, José Amaro da Silva, o CAPOEIRA, problemas como o da Rua Espinhel poderiam ser resolvidos com mais rapidez caso Sapopemba tivesse Subprefeitura própria.
"Teríamos orçamento próprio para atender às nossas necessidades.
Hoje, ficamos reféns da Subprefeitura da Vila Prudente para todo tipo de obra", justifica.
O CAPOEIRA observa que Sapopemba é o maior dos três distritos atendidos pela Subprefeitura.
Enquanto Vila Prudente tem cerca de 100 mil habitantes e São Lucas conta com aproximadamente 140 mil, Sapopemba tem 300 mil moradores, distribuídos em 52 vilas, segundo CAPOEIRA.
Os dados populacionais são do Censo 2010.
Projeto de lei do ex-vereador João Antonio - atualmente deputado estadual - tramita na Câmara de São Paulo, sugerindo a criação da Subprefeitura de Sapopemba.
Foi aprovado em primeira votação e deve ir a segundo turno no Legislativo.
Agora acompanhe outras matérias sobre a região de Sapopemba e as suas necessidades.
Chuva forte é sempre sinônimo de sufoco para quem vive em uma área de ocupação irregular no Parque Santa Madalena, na região de Sapopemba, Zona Leste.
Não é só água que cai na Rua Espinhel quando chove.
Lixo, entulho e esgoto descem das encostas e atrapalham a vida de pessoas como Maria Socorro Falcão, 63 anos, uma das primeiras moradoras da favela.
"Aqui é a rua do lixo, esquecida pela Prefeitura", diz a dona de casa, que mora há quatro décadas no lado debaixo da via.
A parte de cima é considerada área de risco.
No começo do ano, a Prefeitura retirou cerca de 120 famílias de casas que ameaçavam desmoronar.
Os imóveis foram demolidos.
"Até hoje ainda tem entulho lá em cima.
Está caindo aos poucos", reclama o pedreiro Nivaldo Andrade, 44 anos, que teme uma tragédia.
Cerca de seis anos atrás, parte da encosta veio abaixo, fechou a rua, destruiu o muro e entrou na sala da casa onde ele mora com a mulher e os cinco filhos.
"Fizeram tudo malfeito.
Se chover forte, pode cair mais coisa", diz o pedreiro, criticando muro de contenção que a Prefeitura construiu.
Lixo, mato e entulho tomam conta da parte de cima da Rua Espinhel, onde há casas em área de risco.
Quando chove, sujeira desliza e compromete a vida dos moradores da área abaixo
Os moradores cobram a retirada do lixo e do mato que tomam conta do morro.
"Se fosse para deixar desse jeito, melhor que tivessem deixado os barracos", fala Socorro.
Filha dela, Rosilene Falcão, 41, acredita que novas casas vão ser construídas no mesmo lugar, caso a Prefeitura não resolva a situação.
Placas foram colocadas no local alertando que a área é de risco e é proibido construir.
Para o ajudante-geral Antônio Delfino, 49 anos, o maior problema é o esgoto das casas da encosta, que desce com as chuvas e quase entra na casa dele.
O morador também reclama dos ratos que circulam pela rua. "Fica uma imundície.
Meus filhos já ficaram doentes.
É uma vergonha", fala.
Resposta da Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba.
Segundo a Subprefeitura de Vila Prudente, que responde por Sapopemba, a área é de difícil acesso para caminhões e tratores, o que atrasa a remoção do entulho.
A subprefeitura observa que a própria população utiliza o espaço como depósito irregular de lixo e entulho, provocando mais transtornos.
Ressalta ainda que todas as famílias serão removidas da encosta, considerada de risco R-4, o nível de maior perigo, de acordo com o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
Conforme a Sehab (Secretaria Municipal de Habitação), a área da Espinhel integra o PAI (Perímetro de Ação Integrada) Oratório 1, que receberá obras de urbanização por meio do Concurso Renova SP, cujo processo de seleção de projetos já foi concluído.
A Sehab garante que as famílias retiradas do morro recebem auxílio-aluguel e serão encaminhadas ao Programa Parceria Social, no qual permanecerão até a entrega de unidades habitacionais definitivas.
2 comentários:
Carlinhos Cobra, que bom que o Diário resolveu denunciar essa imensa falta de responsabilidade da subprefeitura de Vila Prudente, muito bom!
abs
PREZADO CAPOEIRA, CONVIVO EM SAPOPEMBA DESDE 1968 CONHEÇO UM POUCO DOS NOSSO PROBLEMAS SOCIAIS ECONOMICOS E PRINCIPALMENTE DA FALTA DE POLITICAS PUBLICAS...
JR. LIMA
cursinho alternativo sapopemba
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