quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Vereadores da base do prefeito Kassab cortam a verba contra as enchentes e aumentam a verba para mais publicidade .
Mesmo com toda a chuva que já caiu, e que ainda vai cair, o orçamento da capital para as áreas de risco vai ser bem menor que o previsto para a publicidade oficial.
Verba contra enchente é cortada
Diego Zanchetta, Felipe Grandin – Jornal da Tarde
Votado em segunda discussão menos de quatro horas após ser apresentado aos líderes de bancada, a terceira versão do Orçamento de São Paulo para 2010 veio com redução para a verba destinada à canalização de córregos, coleta de lixo e obras em áreas de risco. Mas manteve os gastos previstos para a publicidade oficial da gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e a verba – recorde – para a câmara.
O relatório teve o apoio de 42 dos 55 vereadores.
No plenário, apenas as bancadas do PT e do PCdoB e o vereador Cláudio Fonseca colocaram objeções aos remanejamentos feitos no segundo substitutivo do orçamento.
A redução foi: R$ 70,4 milhões na verba destinada à canalização de córregos; de R$ 30 milhões na coleta de lixo; e de R$ 1 milhão para obras em áreas de risco.
O corte total, de R$ 1 bilhão, feito pelo relator do orçamento, Milton Leite (DEM), poupou os R$126 milhões que a Prefeitura terá para fazer propaganda de seus atos.
Já a verba da Câmara será de R$ 399 milhões – crescimento de 29% em relação aos recursos gastos neste ano (R$ 310,3 milhões).
Os montantes destinados às áreas de Saúde e de Educação não sofreram reduções na nova peça, estimada em R$ 27,897 bilhões, valor inferior aos apresentados nas duas propostas anteriores, de R$ 28,1 bilhões (original do Executivo) e de R$ 28,8 bilhões (primeiro substitutivo).
Os investimentos para as reformas dos terminais Bandeiras (de R$ 10 milhões para R$ 2 milhões) e Cidade Ademar (de R$ 20 milhões para R$ 10 milhões) também sofreram queda em relação ao substitutivo da semana passada.
As mudanças feitas pelo Legislativo na previsão de investimentos teriam sido um erro de Milton Leite, segundo seus colegas da base governista.
Leite ontem argumentou que o equívoco foi do ex-secretário de Planejamento, Manuelito Magalhães, tucano que deixou o governo no início do mês insatisfeito com o aumento do IPTU proposto pelo governo.
O relator, aliado do prefeito, declarou que a saída teria sido provocada pelo fato de Magalhães ter superestimado as receitas com impostos e com a cessão da conta da Prefeitura para o Banco do Brasil.
O governo nega a versão do parlamentar.
O novo texto tem previsão de investimentos inferior à apresentada antes da aprovação do aumento do IPTU para 1,7 milhão de proprietários de imóveis a partir de janeiro, o que vai elevar a receita da administração em pelo menos R$ 560 milhões.
“O prefeito precisa divulgar as ações emergenciais do governo, como o combate à dengue e a execução do Plano de Metas.
Imprensa é um serviço caro”, argumentou Leite.
Sobre os cortes na verba da canalização dos córregos e do lixo, o relator disse que os setores tinham sido inflados com a previsão errada do governo para o crescimento de arrecadação.
“O governo me passou um documento errado, no qual previa que o contrato do Banco do Brasil poderia render até R$ 1,7 bilhão já em 2010, quando a previsão é de R$ 720 milhões.
E esse valor tem de ficar num anexo, não sabemos se ele vai entrar no caixa”, justificou o vereador.
O líder de governo, José Police Neto (PSDB), negou que o erro tenha sido do governo.
“O Executivo não errou.
O secretário Manuelito foi cauteloso ao anunciar que o orçamento seria de R$ 28,1 bilhões.
A segunda proposta apresentada (pelo relator) é que elevou as verbas para R$ 28,8 bilhões.”
Comentário Blog Cobra Notícias : E enquanto isso o prefeito Kassab aparece todo sorridente nas propagandas dele na televisão,e o seu subprefeito de São Miguel Nilson Persoli disse em entrevista ao SPTV que contaria com a ajuda de São Pedro e do Papai Noel para não chover mais na área alagada.
E com isso eles acabam rindo da minha cara e também da sua !!
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