sexta-feira, 7 de novembro de 2008

IMCOMPETENCIA DO GOVERNO DE SÃO PAULO INVESTE R$ 540 MIL PARA FECHAR ESCOLA EM VILA ALPINA

Após investir cerca de R$ 540 mil em reformas estruturais na escola estadual Professor Mario Casassanta, na rua Paramú, 693, Vila Alpina, a Secretaria Estadual de Educação anunciou a desativação da unidade e pegou de surpresa direção, funcionários, pais e alunos. Representantes da Secretaria chegaram até a oferecer aos estudantes opções de outras unidades de ensino da região para transferência, mas após manifestações e reuniões com os pais e alunos, que desde que souberem da possível desativação, se mobilizaram em busca de explicações, a Secretaria revogou a decisão. O comunicado de fechamento, que gerou muita revolta na comunidade, foi enviado à escola no último dia 30, através de um documento que mostra que o processo de desativação vem sendo tratado pelo governo estadual desde o ano passado, antes do início da reforma.
Segundo funcionários da unidade, a justificativa da Secretaria foi o baixo rendimento e a evasão de alunos. "Claro que muitos estudantes deixaram de comparecer às aulas. O prédio estava muito deteriorado e com o início das reformas, fomos obrigados a conviver com muita poeira, além de outras dificuldades. Muitos adoeceram e optaram por ficar em casa o que influenciou negativamente no rendimento", declara a estudante Roseli de Campos. "É um absurdo a desativação da nossa escola. Sempre lutamos para uma reforma e agora que algumas melhorias foram realizadas, querem nos tirar daqui", afirma a estudante do segundo ano do ensino médio, N.P.S. Com a decisão de fechamento revogada, a promessa é que a escola integrará outras áreas, como cursos técnicos profissionalizantes, mas ainda sem previsão. Embora as obras realizadas no local tenham colaborado com a reforma de ambientes que até então estavam impossibilitados de serem utilizados (como algumas salas que em dias de chuvas acumulavam poças de água), não foi suficiente para sanar todos os problemas da escola.
Segundo o deputado Adriano Diogo, os representantes da Secretaria propuseram à diretoria da unidade a apresentação de um plano pedagógico para a recuperação da escola. "Não é porque o prédio está fisicamente degradado que devem acabar com a escola", afirmou. Outro que também não concordou com o fechamento foi o deputado Giannazi, membro da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa. "Não é com a desativação da escola que irão resolver o problema do rendimento dos alunos. Irei convocar a diretora regional e a secretária de educação (Maria Helena Guimarães de Castro) para depor em nossa comissão", declarou.
O fato é que após toda confusão, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação, a proposta de fechamento da escola foi revista.

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