Essa semana a Vereadora Edir Sales que em eleições anteriores pleiteou votos de Sapopemba, foi matéria de alguns jornais onde a matéria foi, Vereadora manda telegrama para familiares de mortos.
Bastante conhecida na Vila Prudente e arredores pelo hábito de enviar cartões em datas festivas, mesmo para cidadãos que nunca solicitaram a inclusão em seu cadastro, a vereadora Edir Sales, que tem base eleitoral na zona leste, ganhou destaque nesta semana por causa de um telegrama de pêsames (veja a reprodução da correspondência).
Três dias depois de perder a sogra, o jornalista esportivo Flavio Gomes encontrou a correspondência da vereadora na caixa de correio da sua residência, no bairro de Indianópolis, zona sul da cidade.
Foi ele que tratou dos trâmites para o velório e a cremação da sogra junto ao Serviço Funerário, da Prefeitura, fornecendo entre outros dados, seu próprio endereço, o que reforça a suspeita de vazamento para o gabinete da vereadora, que no ano passado migrou do DEM para o PSD, novo partido do prefeito Gilberto Kassab.
Indignado, o jornalista - que ressalta que não se comoveu minimamente com o telegrama - narrou o episódio em seu blog e o assunto repercutiu na mídia.
“Evidentemente eu e todo e qualquer cidadão que preenche a papelada referente à morte de um parente ou amigo passamos a fazer parte do cadastro de otários da vereadora”, escreveu Flavio Gomes.
Ele questionou ainda o custo do telegrama.
“Não acho correto que o município gaste R$ 8,80 para que uma vereadora se solidarize comigo, tendo a mais absoluta certeza de que ela nunca ouviu falar da minha sogra, de mim ou de qualquer membro da minha família”.
A Folha fez dois questionamentos à assessoria de imprensa de Edir Sales: como teve acesso ao endereço do jornalista e como ficou sabendo da morte da sogra dele.
Para a primeira questão, a explicação foi que “todos os dados das pessoas que compõem o cadastro da vereadora foram reunidos por sua assessoria ao longo dos seus 12 anos de trajetória política.
O critério do envio deste tipo de condolência, no caso pêsames, é a proximidade da pessoa com a vereadora”.
Sobre o falecimento, a justificativa foi: “a assessoria da vereadora foi informada do acontecimento através da manifestação direta de um munícipe que soube do caso e sugeriu ao gabinete o envio dos pêsames.
Ao constatar a presença do jornalista em nosso cadastro e, por se tratar de uma figura pública e pertencente ao meio jornalístico, no qual a vereadora atuou por anos como radialista, a assessoria achou pertinente o envio do telegrama.
Porém, diante da reação do jornalista Flavio Gomes, a vereadora ordenou a suspensão do envio deste tipo de telegrama a quem quer que seja”.
Informado pela reportagem sobre a resposta da vereadora, Flavio Gomes retrucou: “É mentira.
Desafio a vereadora a dizer qual foi o munícipe que falou com ela sobre a morte da minha sogra.
E se faço parte do ‘cadastro’ da vereadora, gostaria de saber como fui parar nele.
O prestativo munícipe que informou a vereadora talvez tivesse sido mais gentil se recomendasse a ela que enviasse um telegrama à minha ex-mulher, não a mim.
Não conheço a vereadora, nem como política, nem como radialista.
Nunca tinha ouvido falar dela e jamais tivemos qualquer contato profissional.
Meus dados, neste triste caso, só foram fornecidos ao Serviço Funerário Municipal.
Só eu, da família, recebi telegrama de condolências da vereadora, ninguém mais.
Porque só eu forneci endereço, ao cuidar dos trâmites necessários para liberação e transporte do corpo.
Trata-se de invasão de privacidade, subtração de dados que supostamente são sigilosos, fornecimento ilegal de informações, mau uso de dinheiro público.
Não conheço a vereadora, minha sogra não a conhecia, ninguém da família conhece.
A mim parece claro que a vereadora ou alguém em seu gabinete tem acesso aos dados de todas as pessoas que preenchem cadastros no Serviço Funerário para cuidar das questões relativas a mortes na cidade.
Centenas de telegramas como esse devem ser enviados diariamente a familiares ou amigos que preenchem a documentação necessária no sistema do Serviço Funerário.
E não me parece apenas uma coincidência o fato de a vereadora pertencer ao partido do prefeito, que controla o Serviço Funerário Municipal”.
Investigação
Diante do caso, o Serviço Funerário do Município informou que foi instaurada sindicância interna para apurar o possível vazamento de dados cadastrais do órgão.
Na nota encaminhada à redação, afirma que “respeita a privacidade das famílias e todos os servidores da autarquia estão terminantemente proibidos de divulgar nomes e endereços dos contratantes dos funerais, bem como de pessoas falecidas, para todo e qualquer cidadão”.
A Folha de Vila Prudente questionou também se a vereadora Edir Sales (PSD) indicou pessoas para cargos no Serviço Funerário, mas não foi respondido.
Munícipes desconhecem que estão no cadastro de Edir Sales
Edir Sales assumiu o mandato como vereadora em março de 2011, com a licença de Marcos Cintra (PSD), que foi para Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho.
Em novembro somou R$ 25.069,05 de despesas de correio, conforme prestação de contas no site da Câmara Municipal de São Paulo.
Em dezembro, a despesa foi ainda maior: R$ 27.304,96.
A própria jornalista autora deste texto recebeu no dia 1º de dezembro, no endereço domiciliar, um cartão de Natal da vereadora – apesar de nunca ter solicitado a inclusão de seus dados no cadastro.
Em março passado, nova correspondência: de felicitações pelo aniversário, junto com um cartão de plástico, mais caro que os tradicionais de papel, que garante “livre acesso à Câmara”.
Na ocasião, questionada, inclusive sobre o fato do cartão ser ecologicamente incorreto, a assessoria da vereadora informou que o modelo de plástico “só é enviado para pessoas devidamente cadastradas”.
Foi explicado ainda que a opção por este tipo de cartão coube à assessoria de marketing da vereadora que considerou viável a utilização do mesmo.
Quem também ficou indignado com a vereadora, desta vez por receber o boletim eletrônico em seu e-mail, é o morador da Vila Alpina, Eduardo Vilalon.
Em junho de 2011, ele já havia reclamado ao jornal porque abriu sua caixa postal eletrônica e se deparou com o material informativo.
Em 22 de junho a assessoria de Edir Sales informou “a exclusão imediata do seu nome do cadastro de e-mails”.
No entanto, em março passado, ele voltou a receber o boletim, o que rendeu denúncia à Ouvidoria da Câmara Municipal.
“Nunca entrei em site nenhum desta senhora e jamais, por meio algum, autorizei alguém a entrar em contato em meu nome.
Donde concluo o mesmo que antes: teve acesso ao meu endereço de e-mail de forma fraudulenta”.
A assessoria da vereadora informou na ocasião que o objetivo desse material é “prestar contas do mandato e estreitar os laços com a comunidade”.
Foi ressaltado que “se a pessoa não quiser receber os boletins eletrônicos ou qualquer tipo de material impresso, basta que ela solicite a sua exclusão do cadastro”. (Kátia Leite) Matéria Folha de Vila Prudente.
Comentário Blog Cobra Notícias: É importante lembrar que A Vereadora Edir Sales é Irmã do Conselheiro do Tribunal de Contas do município de São Paulo Dr Eurípedes Sales, órgão este que fiscaliza a administração Pública incluindo o serviço funerário, Edir Sales também é Tia de Ulisses Sales Candidato apoiado Pelo Prefeito Gilberto Kassab nas últimas eleições tendo inclusive, na última eleição, aproximadamente 60.000 votos onde não conseguiu se eleger e para a sua tristeza só lhe restou amargar a suplência.
É sabido de todos que moram na região de Sapopemba e Vila Prudente os exageros da Vereadora que desfila diariamente com os seus carros cor de rosa para cima e para baixo, sempre chamando a atenção a fim de impor sua presença.
Há meu ver fica claríssimo o oportunismo da Vereadora Edir Sales e que o compromisso dessa senhora e pouquíssimo com a comunidade que tanto necessita de tudo, Torço para que tenha consciência e lhe de o troco nas Urnas.
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